{ "@context": "https://schema.org", "@type": "NewsMediaOrganization", "name": "Regional ES", "alternateName": "Regional ES", "url": "/", "logo": "/imagens/120x100/layout/logo_764b185b99faaf9cd8fd854f88471477.png", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/oregionales/", "" ] }:root { --topo-altura-logo: 100px; /* TAMANHO DA LOGO NO TOPO */ --topo-rodape-cor: #FEFEFE; /* TOPO E RODAPÃ */ --topo-rodape-menu-cor: #5D5D5D; /* COR DO TEXTO DO TOPO E RODAPÃ */ --rodape-segunda-cor: #F8F9FA; /* PARTE DE CIMA DO RODAPÃ */ --rodape-segunda-cor2: #555555; /* COR DO TEXTO DA PARTE DE CIMA DO RODAPÃ */ --cor-padrao1: #555555; /* COR DOS TITULOS DOS DESTAQUES */ --cor-padrao2: #C4170C; /* COR PADRÃO DOS CHAPÃIS */ --videos-bg: #313131; /* COR DE FUNDO DO BLOCO DE VÃDEOS */ --videos-texto: #FFFFFF; /* COR DO TEXTO DO BLOCO DE VÃDEOS */ } /* cor legal de entretenimento: #A5175E */ #banner-topo_1 .area-banner:before,#banner-topo_2 .area-banner:before { display: none !important } #banner-topo_1 .area-banner .banner,#banner-topo_2 .area-banner .banner { padding: 0 !important } #banner-topo_1 .carousel-item, #banner-topo_2 .carousel-item { min-height: 10px !important; }
Você já ouviu falar no Maio Laranja? É o mês dedicado à campanha nacional de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Nesta sexta-feira (16), escolas de todo o Espírito Santo estão recebendo policiais, psicólogos e assistentes sociais para conversar com os alunos sobre o que é o abuso, como identificá-lo e como fazer denúncias.
A titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thaís Cruz, ressaltou que, na maioria dos casos, as crianças revelam os abusos na escola, e não em casa.
A delegada explicou que qualquer ato sexual com menores de 14 anos é considerado estupro de vulnerável. "Isso inclui toques nas regiões íntimas, encostar, ar a mão superficialmente, mostrar genitais, masturbação. Todos esses atos se enquadram como crime, mesmo sem o contato físico direto", esclareceu Thaís Cruz.
Segundo a delegada, o agressor costuma ser alguém próximo da criança.
"Na maioria dos casos, o abusador está dentro de casa. Essa pessoa se aproveita da confiança da vítima, é alguém que ela tem como referência. O convívio diário facilita os abusos e dificulta a denúncia. Muitos agressores manipulam as crianças emocionalmente, dizendo que, se contarem, vão destruir a família. É um uso cruel do vínculo afetivo", afirmou.
Dados da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) apontam que 67% das vítimas têm até 13 anos de idade, 81% são do sexo feminino e 58% dos abusos acontecem dentro da própria casa.
"Os abusadores escolhem essas idades porque acreditam que a criança não terá coragem de falar — e, se falar, ninguém acreditará. Além disso, crianças nessa faixa etária são mais suscetíveis a manipulações, como promessas de presentes ou dinheiro", disse a delegada.
Thaís Cruz também alertou sobre os riscos do o precoce às redes sociais.
"Crianças e adolescentes estão entrando cada vez mais cedo no mundo virtual, ganhando celulares e tablets. Muitas vezes ficam trancadas nos quartos, navegando sozinhas. Por isso, pedimos que pais e responsáveis fiscalizem o uso desses aparelhos. É essencial manter o controle sobre o que os filhos am", enfatizou.
Ela ainda deu orientações práticas para os pais:
"Os pais devem ter o total aos celulares e tablets dos filhos. Aos 12 anos, por exemplo, eles querem mostrar independência, mas ainda precisam de supervisão. Existem aplicativos que ajudam a limitar o tempo de uso e controlar o conteúdo ado. É obrigação legal dos pais proteger os filhos, e isso inclui o acompanhamento nas redes sociais."
A delegada reforçou que os adultos devem manter diálogo aberto com as crianças.
"Tenham uma escuta ativa. Muitas vezes os pais não entendem mudanças de comportamento, agressividade ou automutilações. É preciso baixar a guarda, conversar e tentar entender o que está acontecendo."
Falar sobre o abuso é um grande desafio para as vítimas, principalmente quando o agressor faz parte da família.
"É difícil para a criança contar. Por isso, é essencial observar os sinais, mudanças no comportamento, e estar presente como uma referência de confiança", disse Thaís.
Entre janeiro e abril de 2024, foram registrados 623 casos de estupro de vulnerável no Espírito Santo. No mesmo período de 2025, o número caiu para 539 casos.
Segundo a delegada, a prevenção tem sido a principal arma contra esse tipo de crime.
"Estamos atuando de forma preventiva. Realizamos palestras nas escolas, conversando diretamente com crianças e adolescentes. Muitas vezes, eles não sabem que estão sendo vítimas — só com o tempo e informação é que compreendem o que estão ando."
As ações acontecem durante todo o ano, mas se intensificam em maio, por conta da campanha Maio Laranja.
"A Polícia Civil participa da campanha com ações preventivas, especialmente em maio, quando há uma mobilização nacional. A criança que recebe informação tem mais chances de se proteger no futuro", finalizou.
A Polícia Civil do Espírito Santo relembra que o 18 de maio foi instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000, em memória de Araceli Crespo, uma criança de apenas 8 anos que foi sequestrada, violentada e assassinada em 1973, em Vitória (ES). A data simboliza a luta pela proteção de crianças e adolescentes contra o abuso e a exploração sexual.