A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou que um homem deu entrada em um hospital de Linhares, região Norte do Espírito Santo, com Mpox, ou varíola dos macacos, na última sexta-feira (30).
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Acaba de entrar em vigor uma nova legislação estadual que visa a beneficiar a inclusão e o atendimento a pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). As novas medidas asseguram a inclusão escolar, o atendimento na rede pública de saúde e a participação ativa das pessoas com essa condição na formulação de políticas públicas voltadas para este público.
Sancionada pelo governador, Renato Casagrande, a Lei nº 12.419 institui a Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com TDAH no Estado. As novas diretrizes, que entraram em vigor na última segunda-feira (2), estabelecem que Estado deverá prover e estimular ambientes inclusivos, com métodos de ensino adaptados, formas de avaliação diferenciadas e e psicopedagógico. Além disso, as escolas ficam expressamente proibidas de recusarem a matrícula de estudantes diagnosticados com TDAH.
A nova legislação ainda estabelece a participação de pessoas com TDAH na criação, execução e avaliação das políticas públicas voltadas para esse grupo. Outro ponto é o incentivo à formação e capacitação de profissionais especializados no atendimento às necessidades desse público, tanto na saúde quanto na educação.
São ações estratégicas que irão ajudar a promover inclusão de pessoas com TDAH, tanto em escolas, como no atendimento à saúde e também na participação de pessoas com lugar de fala que poderão contribuir com a criação de novas políticas para beneficiar esse público, destacou a advogada Fernanda Andreão Ronchi, especialista em Direito Médico e da Saúde.
A advogada ressaltou, ainda, que a nova política estadual vai ao encontro de necessidades enfrentadas por muitas pessoas com TDAH e suas famílias.
A ausência de um diagnóstico assertivo, muitas vezes, compromete a qualidade de vida da pessoa que tem o transtorno, seja na vida social, escolar ou familiar. Dar e às pessoas com essa condição é crucial para acabar com preconceitos e reforçar as suas potencialidades, destacou Fernanda.
]]>O Brasil possui o maior programa público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, que é garantido a todos os brasileiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de ser o país que mais faz transplantes no mundo, o número de doadores ainda é baixo.
O Brasil alcançou, em 2024, o maior número de transplantes de órgãos e tecidos da história: foram mais de 30 mil procedimentos. O recorde anterior é de 2023 com 28.700 transplantes. Já o número de doadores efetivos reduziu de 4.129, em 2023, para 4.086 no ano ado. Os dados fazem parte do balanço divulgado ontem (4) pelo Ministério da Saúde.
No Espírito Santo, segundo dados da Central Estadual de Transplantes (CET-ES) foram realizados 173 transplantes de órgãos sólidos, um aumento de 21,83% em relação a 2023. Entre os órgãos mais transplantados, destacam-se o rim, o fígado e o coração.
O dia 6 de junho foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização Nacional de Transplantes (ONT) como o Dia Mundial do Transplantado. E visa promover a conscientização sobre o transplante de órgãos e a importância da doação, bem como apoiar os pacientes transplantados e suas famílias.
O médico esclarece que a doação de órgãos não é recomendada entre pacientes diagnosticados com doenças infecciosas graves e tumores malignos. Isso ocorre para evitar que os receptores possam desenvolver as enfermidades e condições clínicas dos respectivos doadores.
Já a doação após a morte é possível para órgãos como coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino e rins, além de tecidos, ossos e tendões. Os procedimentos dependem, no entanto, de uma análise médica que definirá a viabilidade das doações.
Peixoto alerta que hoje a negativa familiar ainda é o principal motivo para a não doação, pela falta de conhecimento do desejo do falecido em doar os órgãos ou ainda, por desconhecimento e dúvidas sobre o assunto. Por isso a importância de informar a decisão aos familiares, afinal, são eles que farão valer a vontade do paciente. Ao se declarar doador, até 10 esperanças de uma nova vida ressurgem, pontuou.
O cirurgião-geral especializado em cirurgia do aparelho digestivo, Isaac Walker, enfatiza que a doação de órgãos é um ato de generosidade que proporciona um recomeço para quem enfrenta riscos de complicações mais sérias, incluindo a morte. Com os transplantes, muitos pacientes conquistam a qualidade de vida, iniciam novos projetos ou retomam atividades deixadas por conta do tratamento. Temos inúmeras histórias de superação, esperança e vida nova para celebrarmos nessa data, lembrou.
Como médico, acompanho diariamente a luta de muitos pacientes que aguardam na fila por um transplante de órgãos. Cada nome nessa lista representa uma vida, uma família e uma história. A doação de órgãos é, sem dúvida, um dos maiores atos de solidariedade e amor ao próximo que alguém pode realizar, concluiu o médico.
Um dos casos emocionantes de transplante intervivos aconteceu, em maio, no hospital Meridional Cariacica. A mãe, Maria Aparecida Celleri, 55 anos, doou o rim para a filha, Cirlene Schultz, 38 anos.
Cirlene teve pré-eclâmpsia no parto de sua filha, com quadro de pressão alta e com isso, perdeu a função renal. Na época tinha 34 anos, sentia muitos sintomas, como enjoos, vomitava todos os dias, não conseguia comer, pois nenhum alimento parava no estômago. Com isso, enfraqueceu e precisou realizar diálise peritoneal, por 3 anos.
Maria Aparecida foi uma das primeiras a se prontificar para fazer a doação do rim para a filha. Então, fizeram todos os exames necessários, tiveram compatibilidade e no dia 9 de maio, realizaram o transplante. Mãe e filha am bem, já tiveram alta e se recuperam em casa.
Cirlene relata que teve medo de fazer a cirurgia, mas, atualmente se sente feliz por ter dado certo. Fiquei com medo pela minha mãe, pois é uma cirurgia muito delicada. Mas, ocorreu tudo bem e a sensação de ter um novo rim é como se eu tivesse nascido de novo. Posso dizer que é algo inexplicável ter um pedacinho da minha mãe em mim pelo resto da vida. Se eu tivesse que fazer a mesma coisa por ela, doar um órgão meu, faria com toda certeza. Porque a amo muito, contou.
Maria Aparecida conta que desde quando descobriu que a filha precisava de um doador, disse que se fosse compatível, doaria o rim. Foi uma trajetória longa, tivemos alguns desafios, mas eu nunca desisti, sempre estive ao lado dela. Quando fiz o exame para saber se éramos compatíveis e deu positivo, fiquei muito feliz.
Ela revela que não teve medo de fazer a cirurgia, porque sabia que poderia dar uma vida melhor para a filha. Deus me proporcionou saúde para poder doar um rim para ela, que sofreu tanto, por anos, fazendo diálise e hoje vai ter uma vida melhor. Antes, ela não conseguia nem se alimentar normalmente, não comia quase nada, isso me doía muito. Estou muito feliz por ter um pedacinho meu dentro dela. E sou muito grata a Deus, pois pude dar a vida a minha filha no parto e agora, ao doar um órgão, pude dar uma segunda chance dela viver novamente, completou a mãe.
]]>O Brasil realizou em 2024 o maior número de transplantes de órgãos e tecidos, com cerca de 30,3 mil procedimentos, segundo dados do Ministério da Saúde apresentados nesta quarta-feira (4).
O recorde anterior era de 2023, quando 28,7 mil transplantes foram realizados. O mesmo balanço aponta que o SUS executou cerca de 85% das operações.O ministério ainda afirma que o número de doadores caiu de 4.129 para 4.086 entre 2023 e 2024.
O órgão mais transplantado no último ano foi o rim, com 6.320 operações, seguido do fígado (2.454). Entre os tecidos, os transplantes mais frequentes são de córnea (17.107 procedimentos) e medula óssea (3.747).
Apesar do avanço, o ministério afirma que há 78 mil pessoas na fila de espera para o transplante, sendo que 42 mil aguardam o rim, enquanto 32.349 esperam pela córnea.
O ministério também diz que ainda é um desafio receber o aval das famílias – 55% recusam a doação, segundo a pasta. A Saúde afirma que lançará um programa de capacitação de equipes que atuam no diálogo com os parentes de potenciais doadores.
No balanço apresentado nesta quarta, o ministério apontou como avanço recente a inclusão do transplante de intestino delgado e multivisceral no SUS. Trata-se de procedimento de altíssima complexidade, segundo a pasta.
Sou absolutamente convencido de que um hospital, quando consegue realizar um transplante inteiro, melhora o hospital inteiro. Tem um impacto sobre a qualificação de todo o serviço e gera ganho para outros procedimentos, disse o ministro Alexandre Padilha (PT).
O governo também deve incorporar à rede pública o transplante de uma membrana localizada no interior das placentas, que podem ser doadas após o parto, para tratamento de queimaduras. Essa membrana amniótica é utilizada como um enxerto biológico.
O ministério também afirma que reajustou o valor pago dentro de procedimentos envolvidos nos transplantes, como para a de córnea.
A pasta ainda afirma que irá atualizar o regulamento técnico do Sistema Nacional de Transplantes. Entre outros pontos, a ideia é incluir procedimentos para dar maior rapidez na distribuição dos órgãos e evitar rejeições, como uma prova cruzada virtual sobre a compatibilidade entre o órgão e seu receptor.
O governo ainda afirma que deseja ampliar os transplantes nas regiões Norte e Nordeste.
O ministério afirma que também financia a plataforma nacional sobre xenotransplante suíno, que envolve a produção de órgãos suínos geneticamente modificados para transplante em humanos. A pasta afirma que o estudo ainda é incipiente.
No último ano, o serviço de transplante do SUS ficou marcado pelo caso envolvendo seis pacientes que estavam na fila do Rio de Janeiro e receberam órgãos contaminados pelo vírus HIV. O ministério trata o episódio como isolado. A partir daquele fato, o DenaSUS (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) fez a auditoria não só no Rio de Janeiro, mas em todos os estados, disse Padilha.
]]>A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou que um homem deu entrada em um hospital de Linhares, região Norte do Espírito Santo, com Mpox, ou varíola dos macacos, na última sexta-feira (30).
Ainda segundo informações da Sesa, a equipe da Vigilância Epidemiológica Estadual acompanha os casos notificados e confirmados junto às vigilâncias municipais.
A equipe da Vigilância Epidemiológica Estadual realiza acompanhamento de todos os casos notificados e confirmados junto às vigilâncias municipais na orientação e cumprimento das medidas de segurança, como o isolamento adequado do paciente e investigação dos contatos.
A Mpox é causada pelo vírus MPXV. A transmissão ocorre por contato com pacientes infectados ou por materiais contaminados pelo vírus.
Abraços, beijos e relação sexual com pessoas contaminadas oferecem risco, assim como o contato com lesões na pele, feridas, bolhas ou secreção.
Geralmente, a Mpox apresenta quadros leves e moderados que duram de 2 a 4 semanas. Os pacientes costumam ter lesões na pele, como bolhas e feridas, além de febre, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Os sintomas podem aparecer até 21 dias após a infecção.
O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com sintomas procurem uma unidade de saúde. Elas devem informar se tiveram contato com alguém doente e, se possível, evitar atividades sociais e coletivas e contato próximo com outras pessoas.
O tabagismo é um dos principais vilões da saúde — e suas consequências não poupam a boca.Entre jovens adultos, muitas vezes o cigarro é associado a estilo, controle de estresse ou vida social, mas os danos causados pelo tabaco vão muito além do pulmão. Na cavidade oral, os efeitos são visíveis, dolorosos e, em muitos casos, irreversíveis.
O cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas. Algumas delas causam danos diretos aos dentes, gengivas e mucosas. Os principais impactos incluem:
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) alerta que os fumantes têm maior acúmulo de placa bacteriana e presença de bactérias mais agressivas. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco é responsável por aproximadamente 90% dos casos de câncer de boca.
Além dos danos à saúde física, o tabagismo compromete a estética do sorriso e a autoestima. Jovens fumantes tendem a se sentir menos confiantes com o hálito, a coloração dos dentes e o aparecimento de gengivite, o que pode afetar sua vida social e profissional.
Também é importante lembrar: fumantes têm menor sucesso em tratamentos odontológicos, como implantes e enxertos, por conta da má vascularização das gengivas.
Parar de fumar não é simples, mas é totalmente possível — e quanto mais cedo, melhor.
Aqui estão algumas estratégias comprovadas:
Ao abandonar o cigarro, os benefícios aparecem rápido: em poucas semanas, a saúde bucal já melhora, a gengiva fica mais saudável e o hálito se torna mais fresco. Em poucos anos, o risco de câncer e doenças periodontais se reduz significativamente.
Além disso, parar de fumar melhora sua performance física, a qualidade do sono, o humor e, claro, o sorriso. Um sorriso saudável é um cartão de visita para a vida — e deixar o cigarro para trás é um o decisivo nessa direção.
Procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) perto de você: o primeiro o é ir até o posto de saúde mais próximo. Lá, você pode se informar sobre o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, que oferece tratamento gratuito para quem quer parar de fumar, incluindo consultas médicas, grupos de apoio e, quando necessário, medicamentos como adesivos e pastilhas de nicotina.
Dica extra: leve seu cartão do SUS e um documento com foto. Pergunte pelo serviço de apoio ao tabagista ou tratamento para parar de fumar. Algumas cidades também oferecem esse serviço em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou ambulatórios especializados.
Os dados das últimas semanas epidemiológicas (SE), entre as de número 18 e 20, mostram um aumento considerado de casos de Síndromes Gripais (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Espírito Santo, quando comparada às semanas anteriores. Diante do cenário epidemiológico, a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio do monitoramento do cenário, vem orientando os municípios quanto aos alertas à população, em especial, na adesão à vacinação.
De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, o Estado está vivenciando o pico de sazonalidade dos vírus respiratórios, isto é, período no qual os vírus respiratórios têm a maior tendência de crescimento, seguindo as mudanças climáticas.
Já começamos a vivenciar o pico de sazonalidade de vírus respiratórios, e os dados vêm nos mostrando esse cenário. A Sesa orienta aos municípios quanto o alerta aos cuidados que precisam ser divulgados junto à população para evitarmos o aumento de casos graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave, mas, principalmente, no incentivo à adesão à vacinação contra a gripe, reforçou o subsecretário.
Entre os dias 30 de março a 19 de abril, referentes às SE 14 a 16 foram notificados 40 casos de SG nas unidades de sentinelas, enquanto que nos dias 27 de abril a 10 de maio (SE 18 a 20), foram 57 casos, resultando em um aumento de 42% na notificação.
São consideradas Síndromes Gripais (SG) indivíduos com febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e com início dos sintomas nos últimos 7 dias. As notificações de SG só acontecem em unidades sentinelas, que compõem a vigilância dos vírus respiratórios, em especial de Influenza, e são calculadas especificamente por amostragem.
O aumento de SG no Estado é acompanhado também do aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente as da Influenza, nas duas últimas semanas, como alertou o monitoramento de casos de SRAG da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a InfoGripe.
O Espírito Santo, que vinha de uma tendência de queda ou estabilização dos casos, ou a uma tendência de retomada do crescimento das SRAGs. Essa síndrome é uma condição em que uma infecção respiratória gera grande dificuldade de respirar e lesões nos alvéolos, podendo levar ao óbito, explicou a médica e referência técnica da Vigilância da Influenza e Meningites, Mariana Ribeiro Macedo.
A referência técnica alertou ainda que mais da metade dos casos de SRAGs neste ano no Estado, cerca de 61% são em idosos com mais de 60 anos, um dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe. É um grupo vulnerável às complicações da Influenza, que pode levar à SRAG, por exemplo. Além disso, é um grupo que deve ser vacinado, mas que estamos com uma baixa procura, disse Macedo.
Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), do início do ano até a SE 16 (até 19 de abril), o Espírito Santo havia registrado 250 casos de SRAG identificados por vírus respiratórios, entre Influenza, Covid-19, Adenovírus, Enterovírus e Vírus sincicial respiratório (VSR), por exemplo. Só entre as SE 18 e 20 (27 de abril a 17 de maio), o Estado já soma mais 272 novos casos de SRAG por vírus respiratórios, no total de 522 em todo o ano de 2025.
Do total de SRAG por vírus respiratórios notificadas até a SE 16, 58 foram de casos relacionados exclusivamente à Influenza (considerando todas as tipagens), com 6 óbitos confirmados. Com o início do cenário de sazonalidade dos vírus respiratórios, os casos de SRAG por Influenza aram a 148 notificações até a SE 20, com 26 óbitos.
Segundo a médica e referência técnica da Vigilância da Influenza e Meningites, Mariana Ribeiro Macedo, quase 70% dos óbitos (18 óbitos) por SRAG de Influenza são na população com mais de 60 anos. Outro dado que chama atenção também, de acordo com a profissional, é a prevalência dos casos de SRAG neste mesmo grupo, com 90 casos notificados, dos 148 totais.
Ainda segundo a referência técnica, a Sesa tem orientado os municípios quanto ao manejo e tratamento da Influenza com o uso imediato do fosfato de oseltamivir nos casos de Síndrome Gripal (SG) com condições e fatores de risco para agravamento do quadro clínico independentemente da hospitalização ou situação vacinal e para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
O Ministério da Saúde indica o benefício que a terapêutica precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na redução da ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza em pacientes com condições e fatores de risco para complicações. Com isso, seguimos orientado a todos os serviços de saúde, seja na atenção básica, unidades de urgência e emergência ou hospitalar quanto à indicação desse medicamento, independentemente da hospitalização ou situação vacinal e para todos os casos de SRAG, salientou Macedo.
Dados detalhados de SRAG por Influenza abaixo:
Metropolitana: 113 casos / 20 óbitos
Central: 12 casos / 3 óbitos
Norte: 9 casos / 2 óbitos
Sul: 14 casos / 1 óbito
0 a 04 anos: 17 casos / nenhum óbito
05 a 11 anos: 09 casos / nenhum óbito
12 a 17 anos: 02 casos / nenhum óbito
18 a 59 anos: 30 casos / 8 óbitos
60 anos ou mais: 90 casos / 18 óbitos
A chegada do pico de sazonalidade das doenças respiratórias também é observada na demanda por leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Espírito Santo, segundo dados da Sistema de Regulação de Leitos, em especial para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza.
De janeiro até essa segunda-feira (26), o Estado já havia somado 96 solicitações por leitos de SRAG por Influenza, solicitações essas de pacientes com resultado laboratorial positivo para a Influenza. Em janeiro, foram 06 solicitações. Já em maio, de 1º ao dia 26, foram 43 solicitações.
Abaixo o quantitativo de solicitações por leitos para SRAG por Influenza mês a mês:
Janeiro: 06 solicitações
Fevereiro: 08 solicitações
Março: 06 solicitações
Abril: 33 solicitações
Maio (até 26/05): 43 solicitações
]]>O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), deu início a uma nova etapa do Plano Estadual de Redução do Tempo de Espera por Cirurgias Eletivas (OperaES). A partir desta quarta-feira (28), o Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória, a a executar artroplastia total de quadril. O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande, que realizou uma visita à unidade junto com o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
Esse tipo de cirurgia substitui a articulação do quadril danificada por uma articulação artificial, ou seja, uma prótese, e será voltada a pacientes com indicação para esse tipo de procedimento. No HEC, serão ofertadas 480 cirurgias de quadril no prazo de dez meses, uma média de 48 cirurgias por mês. O investimento do tesouro estadual será da ordem de R$ 13,6 milhões.
"A cirurgia de quadril é a mais complexa da ortopedia e tínhamos dificuldade de fornecedor para realizá-las e queremos atender todas as pessoas que estão na fila. A gente inicia o processo agora para atender quem necessita e queremos que o serviço seja permanente para que as próximas pessoas que precisarem tenham a cirurgia disponível.
Vamos fortalecendo o SUS capixaba para que nossa população possa ser atendida com rapidez e eficiência. São ações como estas que nos colocaram, ao lado de Santa Catarina, com expectativa de vida acima dos 80 anos, bem acima da média nacional", afirmou o governador Casagrande.
O Hospital Estadual Central é um hospital estadual gerido pela Fundação iNOVA Capixaba. "Estamos empenhados em garantir a qualidade assistencial para que esses procedimentos sejam realizados com excelência e segurança. Reafirmamos nosso compromisso com a gestão eficiente e humanizada, trabalhando em parceria com o Governo do Estado para ampliar o o à saúde pública de qualidade", disse o diretor-geral da iNOVA Capixaba, Rafael Amorim.
o aos procedimentos
Os pacientes contemplados serão selecionados a partir da Central Estadual de Regulação, com base em critérios como gravidade clínica, tempo de espera e impacto funcional. É importante que o cidadão que aguarda procedimentos eletivos mantenha seus cadastros atualizados nas Unidades Básicas de Saúde para que possam ser comunicados por ocasião da marcação dos procedimentos.
"O contato para o chamamento dos pacientes que aguardam procedimentos é realizado, principalmente, por meio de ligação telefônica, neste sentido é fundamental que as informações cadastrais estejam corretas", destacou o subsecretário de Estado de Contratualização da Saúde, Heber Lauar.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) confirmou a primeira morte por dengue em 2025. A vítima é um paciente de 69 anos, do município de Anchieta, no Sul do Espírito Santo. A morte ocorreu no dia 19 de abril, mas só foi confirmada nesta terça-feira (20) pela pasta após o resultado de exames.
O paciente havia viajado para o Rio de Janeiro e retornado para casa com sintomas, como febre, cefaleia, mialgia, dor retro-orbital e náusea.
Além desse óbito por dengue, também foi confirmada a primeira morte por Oropouche em 2025 no Estado. O paciente, de 52 anos, é de Colatina, no Noroeste capixaba.
A vítima também apresentava comorbidades, com histórico de hipertensão e cardiopatia. O óbito ocorreu em 16 de janeiro deste ano.
Os dois pacientes tiveram o diagnóstico confirmado por exame de biologia molecular (RT-PCR), realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).
De acordo com a Sesa, nos últimos 30 dias, o Espírito Santo notificou 6.515 casos de dengue, sendo 1.818 confirmados. Desses, 38 eram casos graves ou com sinais de alarme.
Durante todo o ano, já foram 60.792 casos notificados e 17.698 casos confirmados, sendo 354 casos graves ou com sinais de alarme e uma morte. A taxa de letalidade é de 0,29%.
Os primeiros casos de Oropouche no Estado foram detectados em abril de 2024, e o primeiro óbito pela doença confirmada em 10 de dezembro daquele ano.
Em 2025, o Espírito Santo soma 6. 524 casos confirmados de Oropouche e um óbito, com taxa de letalidade de 0,01%.
A partir desta quinta-feira (15), toda a população acima de 6 meses de idade pode se vacinar contra a gripe no Espírito Santo. Anteriormente, a imunização estava destinada apenas aos grupos prioritários.
A vacinação contra a Influenza ocorre nas mais de 700 salas de unidades de saúde em todo território capixaba. A meta é imunizar 90% da população capixaba.
A medida, segundo a Secretaria da Saúde (Sesa) visa fortalecer a estratégia de prevenção à influenza em um período de maior circulação de vírus respiratórios, além de operacionalizar as doses que chegam semanalmente ao Estado.
As informações a respeito horários, locais e o às salas de vacinação devem ser divulgadas pelas prefeituras de cada cidade, que estão recebendo orientações do Estado quanto essa comunicação.
Desde o início da vacinação, em 7 de abril, até a manhã desta quinta-feira (15), 449.169 doses de gripe foram aplicadas nos municípios do Espírito Santo, sendo 308.973 nos grupos com meta, alcançando uma cobertura de 28,92%, segundo dados do Sistema Vacina e Confia.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, mesmo com a ampliação, a imunização dos grupos prioritários com meta de cobertura vacinal deve seguir.
Estamos ampliando a vacinação a toda população com mais de 6 meses de idade no Espírito Santo, como estratégia visando à prevenção de casos graves de gripe, mas reforçamos a importância daqueles grupos que têm meta de cobertura vacinal de 90%, que são os idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos e gestantes, não deixarem de se imunizar, reforçou o secretário Tyago Hoffmann.
A Secretaria da Saúde (Sesa) disponibiliza gratuitamente o Palivizumabe – um anticorpo monoclonal de alto custo indicado para a prevenção de infecções respiratórias graves causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), especialmente em crianças com maior risco de complicações, como prematuros extremos, cardiopatas e portadores de doenças pulmonares crônicas.
O Espírito Santo se destaca como um dos Estados pioneiros no País a ofertar o imunizante. O VSR é uma das principais causas de infecções respiratórias em bebês e crianças pequenas, podendo desencadear quadros severos como bronquiolite e pneumonia. A circulação do vírus no Espírito Santo ocorre, predominantemente, entre os meses de março e julho. O ciclo completo consiste em cinco doses mensais.
O medicamento, cujo valor varia de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil por frasco, é adquirido com recursos do Ministério da Saúde (MS), e distribuído no Estado pela Gerência Estadual de Assistência Farmacêutica (Geaf). O o é garantido mediante processo de solicitação, análise técnica e comprovação dos critérios clínicos estabelecidos pelo protocolo nacional.
Atualmente, no Espírito Santo, a aplicação em serviços ambulatoriais do Palivizumabe é destinada a crianças menores de 1 ano de idade, que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas; crianças menores de 2 anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade com necessidade de tratamento nos últimos seis meses; e crianças menores de 2 anos de idade, com doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.
Para ter o ao medicamento, as unidades neonatais ou responsáveis podem solicitar o medicamento enviando toda a documentação exigida para o e-mail: [email protected] . Os documentos incluem formulário de solicitação, receita médica, relatório de internação ou alta hospitalar e documentos pessoais da criança. Todos os documentos necessários estão listados na Nota Técnica Palivizumabe 2024, disponível em https://farmaciacidada.es.gov.br/orientacao-para-abertura-de-processos-de-palivizumabe .
Para uso ambulatorial, a aplicação ocorre em unidades de referência como o Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (Hinsg), em Vitória; Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha; Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Linhares; Unidade Integrada Jerônimo Monteiro (UIJM); e Hospital Estadual São José do Calçado (HSJC). Para o em ambiente hospitalar, as Unidades de Cuidados Neonatais realizam o cadastramento prévio junto à Geaf, e fazem a solicitação para os pacientes internados.
Dados de cobertura
Em 2024, 257 crianças receberam o Palivizumabe no Espírito Santo, demonstrando o compromisso do Estado com a ampliação da cobertura imunológica para os públicos mais vulneráveis. Em 2025, de fevereiro, mês que inicia a aplicação do Palivizumabe no Estado a abril, 238 crianças já foram beneficiadas com o medicamento.
A gerente da Assistência Farmacêutica da Sesa, Grazielle Massariol, destacou a relevância da dispensação do medicamento para o trato do Vírus Sincicial Respiratório.
Acreditamos na importância do o adequado ao Palivizumabe para garantir a proteção de crianças mais vulneráveis às complicações do VSR. Nosso compromisso é ampliar a informação e apoiar os profissionais e responsáveis no processo de solicitação do medicamento, destacou Massariol.
Para mais informações, a população pode entrar em contato pelo telefone: (27) 3636-8419.
]]>A Secretaria da Saúde (Sesa) está executando o Plano Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas (OperaES) e já realizou, até esta segunda-feira (12), 53.424 cirurgias eletivas. A meta estipulada para este ano é realizar 135 mil cirurgias. Em média, estão sendo realizados 405 procedimentos por dia.
As cirurgias eletivas são aquelas que podem ser programadas, que não são consideradas de urgência. Para executar o OperaES, a Sesa conta com serviços em 35 hospitais, entre rede própria, contratada e contratualizada. As especialidades com maiores procedimentos são cirurgia oftalmológica, cirurgia geral, cirurgia ortopédica, procedimentos clínicos e cirurgia urológica.
Os procedimentos ocorrem em todas as quatro regionais de saúde do Estado: Norte, Central, Metropolitana e Sul. Ainda segundo o Plano OperaES, cada unidade hospitalar, seja ela da rede própria da Secretaria da Saúde ou contratada, tem metas de produção a serem cumpridas ao longo do ano.
]]>Municípios de todo o Espírito Santo irão participar do dia D de mobilização de vacinação contra a gripe, neste sábado (10). A ação é uma estratégia nacional que tem como objetivo aumentar a cobertura da vacina para os grupos de prioridade.
Ainda de acordo com a Sesa, desde o início do período de vacinação, no dia 7 de abril, até a última quarta-feira (7), foram aplicadas 356.542 doses, sendo 249.742 nos grupos com meta. Este número corresponde a 23,4% dos grupos prioritários segundo dados do Sistema Vacina e Confia.
Em 2025, a vacina contra a Influenza ou a ser incorporada ao Calendário Nacional de vacinação, com isso, ou a fazer parte da rotina de vacinação de crianças a partir de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes.
A vacina também deve ser istrada em alguns grupos que fazem parte da chamada estratégia especial. São eles:
O Governo do Estado inaugurou, na manhã desta segunda-feira (05), o novo Centro de Oftalmologia da Regional Metropolitana de Saúde, em Cariacica. A expectativa é que sejam realizados seis mil atendimentos por mês em diferentes serviços, ampliando o o da população e reduzindo o tempo de espera. A solenidade teve a presença do governador Renato Casagrande e do vice-governador Ricardo Ferraço, além de outras autoridades.
Com o novo local, a Secretaria da Saúde (Sesa) poderá ampliar a oferta de assistência oftalmológica para a população dos 23 municípios que fazem parte da região. O centro oferecerá consultas e exames oftalmológicos, com destaque para o equipamento de campimetria para diagnóstico de glaucoma, telescópios, triagem oftalmológica, também próteses oculares, órteses oculares (olhinho) e lupas de apoio. A equipe multiprofissional do setor é composta por médicos oftalmologistas, enfermeiros e técnicos. O investimento do Estado é de R$ 3,59 milhões.
É muito importante aproximar os serviços de saúde das pessoas, fortalecendo o SUS [Sistema Único de Saúde]. Em algumas cidades, a grande maioria depende da saúde pública e por isso é fundamental ampliarmos esses serviços. Criamos as salas de teleatendimento dando o a especialidades médicas que tínhamos dificuldade em encontrar profissionais. Vamos seguir investindo forte no SUS capixaba. Sabemos que não tem como zerar a fila, pois entram novas pessoas a todo momento, mas queremos dar dignidade às pessoas, afirmou o governador Casagrande.
O Centro Estadual de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), em Vitória, faz um apelo urgente à população: os estoques de sangue estão em níveis críticos no Hemocentro Coordenador, em Vitória, e nas unidades de coleta na Serra, Colatina, Linhares e São Mateus. A situação é ainda mais grave para os tipos sanguíneos A, B e O negativos, fundamentais para atendimentos de urgência e emergência.
A coordenadora do Hemoes, Marcela Murad, reforça a importância da solidariedade nesse momento: A doação de sangue é um gesto simples, rápido e seguro, mas que pode significar a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas. Pedimos à população que compareça o quanto antes às unidades.
Precisamos, com urgência, da sua ajuda para restabelecer nossos estoques e garantir o atendimento a pacientes, vítimas de acidentes e pessoas em tratamento de doenças graves, ressaltou Marcela Murad.
Saiba mais sobre a doação de sangue no site: https://hemoes.es.gov.br
Endereço Hemocentro Vitória:
O Hemoes Vitória funciona todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados, no horário das 7h às 18h20, para receber os candidatos à doação, na Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe – Vitória.
Confira o estoque de bolsas de sangue nesta quinta-feira (24):
| A | AB | B | O | ||||
NEG | POS | NEG | POS | NEG | POS | NEG | POS | |
Estoque Atual | 7 | 47 | 3 | 49 | 2 | 59 | 3 | 98 |
Estoque Ideal | 12 | 100 | 4 | 4 | 4 | 36 | 24 | 152 |
Se você é doador ou nunca doou, este é o momento de fazer a diferença. Vá até a unidade mais próxima e faça parte dessa corrente pela vida.
]]>O prefeito de Nova Venécia, Lubiana Barrigueira, deu mais um o importante rumo à implantação da tão sonhada clínica de hemodiálise no município. Em visita realizada nesta quarta-feira (23) à recém-inaugurada clínica de hemodiálise de Vila Velha, o chefe do executivo veneciano buscou referências para a estrutura que pretende implementar em Nova Venécia.
Acompanhado do médico especialista na área, Dr. Yuri, do subsecretário de Saúde do Estado, Gleikson Barbosa (Kim), e do secretário municipal de Saúde, Celso Ruela Albino, Barrigueira conheceu de perto as instalações da nova clínica, que já está em pleno funcionamento e credenciada pelo Governo do Estado.
Durante a visita, o prefeito falou sobre o andamento do projeto e da necessidade de implantação da clínica. Estamos trabalhando para levar esse mesmo modelo para Nova Venécia, com um serviço que atenda não só nossa cidade, mas a região. Já temos definido o espaço onde será instalada a nossa clínica, que junto à Unidade de Saúde Central, Ângelo Piassaroli, e agora vamos levar os especialistas para iniciarmos as adaptações para posterior instalação. Já temos conversas adiantadas junto ao Governo do Estado, com quem pretendemos fazer o mesmo credenciamento.
Com a nossa tão sonhada clínica de hemodiálise vamos diminuir o sofrimento das pessoas que fazem tratamento, podendo fazer no nosso próprio município, além de encurtar a distância para aqueles que são de municípios vizinhos, afirmou Barrigueira.
Apoio
O subsecretário de Saúde do Estado, Gleikson Barbosa, reforçou a importância do momento para Nova Venécia e falou sobre a parceria junto ao Governo do Estado. Hoje é um o importante para a implantação da clínica em Nova Venécia. O prefeito Barrigueira, acompanhado do secretário Celso, visitando essa clínica de Vila Velha que já está credenciada junto ao Governo do Estado. O nosso propósito é ter essa referência para levar o mesmo modelo para Nova Venécia. Tenho certeza de que será uma das maiores entregas da Saúde Pública para o município de Nova Venécia e região, declarou Kim.
Atendimento Regional
O projeto da clínica de hemodiálise de Nova Venécia prevê atendimento regional, incluindo pacientes de municípios vizinhos e que também precisam se deslocar até outras cidades para realizar o tratamento.
Geralmente as sessões de hemodiálise acontecem três vezes por semana, causando desgaste físico do paciente, além dos riscos constantes nas estradas.
A instalação da clínica de Nova Venécia é vista como grande avanço na saúde local, reforçando o compromisso da atual gestão com o bem-estar e a dignidade da população.
]]>Os eventos climáticos são os principais responsáveis pela explosão de casos de febre oropouche, de acordo com estudo publicado na revista científica The Lancet, que analisou dados de seis países da América Latina, incluindo o Brasil.
O risco de infecção provavelmente evoluirá de forma dinâmica nas próximas décadas, com potencial para surtos futuros em grande escala, alertam os pesquisadores.
No nosso país, a doença era considerada endêmica da Região Amazônica, com poucos casos isolados em outros locais. Mas, desde 2023, o número de registros vem aumentando, com diagnósticos inéditos em diversos estados. De 833 infecções confirmadas naquele ano, houve um salto para 13.721 em 2024, com pelo menos quatro mortes. Neste ano, até o dia 15 de abril, o Ministério da Saúde confirmou 7.756 casos e uma morte está em investigação.
Os sintomas são semelhantes aos da dengue:
O estudo multidisciplinar analisou mais de 9,4 mil amostras de sangue colhidas, em 2021 e 2022, de pessoas saudáveis e febris, a partir de métodos in vitro, sorológicos, moleculares e genômicos. Os pesquisadores também produziram uma modelagem espacial combinando esses dados com os casos da doença registrados em toda a América Latina.
A taxa média de detecção de anticorpos IgG (que comprovam que a pessoa já foi infectada pelo vírus em algum momento da vida) foi de 6,3%, ando de 10% em regiões da Amazônia. Amostras positivas foram encontradas em indivíduos de 57% das localidades selecionadas.
Para os pesquisadores, isso aponta que a febre oropouche tem sido subdiagnosticada. Além disso, a identificação desses anticorpos em amostras colhidas durante surtos de dengue pode indicar que pessoas com oropouche receberam diagnóstico de dengue, considerando também a semelhança de sintomas entre as doenças.
Já os modelos espaço-temporais mostraram que as variáveis climáticas, como as mudanças de padrão da temperatura e da chuva, foram os principais fatores de influência para a disseminação da oropouche, contribuindo com 60%. Por isso, os pesquisadores acreditam que eventos climáticos extremos, como o El Niño, provavelmente tiveram um papel fundamental no surto iniciado em 2023.
O artigo explica que mudanças nas condições climáticas podem favorecer o aumento da transmissão do vírus que causa a febre oropouche ao elevar as populações de maruins, favorecer a transmissão das fêmeas de maruins para seus filhotes ou intensificar a replicação viral em mais animais.
O mapa resultante desses modelos mostra que o risco de aumento da transmissão é maior nas regiões costeiras do país, especialmente do Espírito Santo ao Rio Grande do Norte, e também em uma faixa que vai de Minas Gerais ao Mato Grosso, além de toda a região Amazônica. Nas regiões com risco estimado elevado de transmissão do OROV [vírus da febre do oropouche], onde ainda não foram reportados casos, o aumento da vigilância é crucial para compreender e responder de forma eficaz aos surtos atuais e futuros, recomendam os pesquisadores.
O estudo também defende que testes diagnósticos para oropouche devem ser priorizados, e as estratégias de controle vetorial, com as que são utilizadas para diminuir a proliferação do Aedes aegypti, devem ser adaptadas para incluir os maruins. Além disso, estimulam mais estudos sobre a doença e para o desenvolvimento de uma vacina.
]]>A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira (16) tornar obrigatória a retenção de receita médica na venda das chamadas canetas emagrecedoras como Ozempic, Saxenda e Wegovy. Os medicamentos são prescritos para pacientes que desejam perder peso.
A partir de agora, as farmácias deverão reter o receituário no ato da compra pelo consumidor. Antes da decisão, a venda era feita somente com a apresentação da receita.
A medida foi tomada pela Anvisa durante reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a agência entendeu que a retenção é necessária para aumentar o controle do uso desses medicamentos e proteger a saúde coletiva do consumo irracional dos emagrecedores.
A retenção do receituário médico é defendida por entidades da área da saúde. No fim do ano ado, as sociedades brasileiras de Endocrinologia e Metabologia e de Diabetes divulgaram uma carta aberta defendendo a retenção de receita para a venda dos agonistas de GLP-1, nome técnico das canetas emagrecedoras.
Para as entidades, o uso indiscriminado gera preocupações quanto à saúde da população e ao o dos pacientes que realmente necessitam do tratamento.
De acordo com especialistas, o uso de emagrecedores sem acompanhamento médico e com a dosagem inadequada pode provocar náuseas, distensão abdominal, constipação ou diarreia.
O uso incorreto também pode agravar transtornos psicológicos e alimentares.
]]>Após 12 horas, foi concluída a operação no intestino do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, neste domingo (13). Trata-se da sétima cirurgia do ex-presidente desde a facada na campanha eleitoral de 2018.
Ele deixou o centro cirúrgico do Hospital DF Star por volta das 21h20. Segundo boletim médico do Hospital DF Star, divulgado às 21h42, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de estenda lise de aderências e reconstrução da parede abdominal.
O procedimento de grande porte teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue, diz a nota.
Ainda segundo os médicos, a obstrução que fez Bolsonaro ar mal no Rio Grande do Norte se deu a uma a dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências.
Após a cirurgia, Bolsonaro foi enviado para a UTI. Segundo a nota, ele está sem dor, recebendo e clínico, nutricional e de prevenção de infecções.
Bolsonaro entrou no centro cirúrgico por volta das 9h da manhã deste domingo, para os procedimentos pré-operatórios, e a cirurgia de laparotomia exploradora começou às 10h, com o objetivo de liberar aderências intestinais e reconstruir sua parede abdominal, em consequência de complicações da facada que sofreu em 2018, em atentado durante a campanha presidencial.
O ex-presidente sentia fortes dores na região do abdomên desde a última sexta-feira, 11, quando interrompeu um evento do PL no Rio Grande do Norte e precisou ser levado de helicóptero para Natal. Na noite de sábado (12) foi transferido para Brasília em um avião com UTI aérea.
Ao longo da tarde e da noite, apoiadores do ex-presidente se reuniram na portaria do hospital e fizeram orações a cada três horas. A última foi feita às 21 horas, minutos antes de Michelle anunciar o término da cirurgia.
Apoiadores puxaram gritos de ordem, como esse dia não será de luto, será de alegria e que Bolsonaro precisava ser curado para salvar o País.
Ainda na noite de sábado, Leandro Echenique, cardiologista que faz parte do staff médico de Bolsonaro, previu que a cirurgia seria demorada.
Vai tirar a tela que ele tem lá e vai recolocar. É uma cirurgia bem extensa, é um abdômen que já foi muito manipulado desde 2018, da facada, explicou.
Nas redes sociais, na tarde de sábado, o ex-presidente já havia afirmado que seu médico pessoal, Cláudio Birolini, considerou o atual quadro clínico como o mais grave desde o atentado.
Segundo o cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Oswaldo Cruz Rodrigo Perez, a obstrução intestinal é uma complicação comum em pacientes que já aram por diversas cirurgias abertas, como é o caso do ex-presidente.
Hérnias, tumores e intoxicações também podem levar a esse quadro, conforme informações do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD).
Para a recuperação, há alguns cenários possíveis – no melhor deles, em que o problema é resolvido durante a cirurgia, a recuperação costuma ser muito favorável, aponta o médico. Mas, se há um número grande de alças intestinadas aderidas, é preciso fazer manipulação maior do intestino, o que pode retardar a recuperação.
]]>O estado do Espírito Santo segue sendo uma preocupação nacional, mantendo no topo do ranking dos que mais registraram casos da febre Oropouche em todo Brasil. Enquanto o Ministério da Saúde aponta que desde janeiro foram 7.758 casos e uma morte, os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 5.499 casos confirmados – mais de 70% dos dados nacionais.
As cidades de Santa Teresa, Itarana, Laranja da Terra, Colatina e Domingos Martins tendo o maior registro em número de casos. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado do Rio de Janeiro é o segundo maior em número de notificações confirmadas, com 990.
No último mês de janeiro, o subsecretário de Vigilância em Saúde do Espírito Santo, Orlei Cardoso, comentou o número expressivo do estado e citou os possíveis motivos para tal. "A expressividade dos números se deve ao grande número de testes. Somos um estado pequeno territorialmente e de fácil o. A gente foca muito na transparência, busca informações e não esconde os dados. Além disso, temos quatro regionais de saúde que dão esse e e o estado é o único do Brasil que tem o e-SUS VS, que faz a comunicação imediata dos casos, pelo celular mesmo, de qualquer lugar", disse.
O monitoramento epidemiológico da Febre Oropouche do Ministério da Saúde aponta que 13.842 casos foram confirmados no país em 2024. E, por conta disso, a população, principalmente capixaba, precisa ficar atenta aos sinais e sintomas.
"Náusea, calafrios, diarreia, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações são os principais sintomas, que aliás são bem parecidos com os da dengue, mas o diagnóstico desta febre deve ser obtido por meio de exames laboratoriais", afirma Silvia Fonseca, infectologista.
Segundo a especialista, a Febre do Oropouche é causada por um arbovírus (mosquito) do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no país na década de 60. Tal feito só foi possível porque o vírus foi encontrado a partir de uma amostra de sangue de um bicho-preguiça, que foi pego durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Daí em diante, diversos casos isolados e alguns surtos foram relatados no Brasil, principalmente na região amazônica.
"Ressalto ainda que os sintomas são parecidos com outras viroses, mas raramente a Febre Oropouche pode causar doença grave ou óbito", comenta Silvia.
Saiba como se prevenir
Nicolle Oliveira, biomédica, dá algumas dicas para evitar a doença. "As pessoas podem fazer uso de repelentes, especialmente ao realizar atividades ao ar livre. Se possível, evitar áreas de muita exposição a picadas de vetores", opina Nicolle.
De acordo com a biomédica, outras ações também podem contribuir para evitar a doença, removendo a água parada e limpando ambientes com acúmulo de matéria orgânica. "A instalação de telas em janelas, também irá contribuir para a proteção. Caso haja o surgimento de qualquer sintoma, busque a unidade de saúde mais próxima", comenta a especialista.
]]>O governador do Estado, Renato Casagrande, participou do lançamento da vacinação contra influenza no Espírito Santo, nesta segunda-feira (7), durante o Dia V de Vacinação, na sede da Secretaria da Saúde (Sesa), em Vitória. Cerca de 300 pessoas foram imunizadas no evento que teve a participação do icônico personagem Zé Gotinha.
O público-alvo da campanha inclui crianças de 6 meses a menores de 6 anos - incluindo indígenas até 9 anos -, gestantes, puérperas, indígenas, idosos com mais de 60 anos, população em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, pessoas com deficiência, trabalhadores da saúde; professores, portuários, dos Correios, rodoviários, das Forças Armadas, da Segurança Pública e de salvamento e caminhoneiros.
Essas pessoas já podem procurar a unidade básica de saúde mais próxima de casa. Em algumas cidades, é possível fazer o agendamento on-line da vacinação. São mais de 700 salas com vacinas para imunização.
A prevenção é a principal forma de evitar a cegueira, condição que poderia ser evitada em cerca de 80% dos casos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com esse alerta, a campanha Abril Marrom destaca a importância do cuidado com a saúde ocular e da conscientização sobre doenças que podem levar à perda da visão.
No Espírito Santo, um levantamento da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) revelou que, entre as 276,3 mil pessoas com deficiência no estado, 50,8% possuem algum grau de deficiência visual. Esses números reforçam a necessidade do diagnóstico precoce e da democratização do o ao tratamento adequado.
Doenças que levam à cegueira
A oftalmologista Liliana Nóbrega enfatiza que muitas doenças que levam à cegueira poderiam ser evitadas ou facilmente tratadas se fossem identificadas no início. "A catarata ocorre quando o cristalino perde transparência, deixando a visão embaçada e desfocada. A boa notícia é que a cirurgia é um procedimento seguro e eficaz para restaurar a visão".
A especialista também chama atenção para a retinopatia diabética, uma complicação do diabetes que pode levar à cegueira. O excesso de açúcar no sangue afeta os vasos sanguíneos da retina, podendo causar manchas escuras e visão turva, por exemplo. "O controle rigoroso da glicemia reduz significativamente o risco de agravamento e evita a necessidade de intervenções mais invasivas", aponta Liliana.
Outra doença que pode provocar a cegueira é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), que ocorre quando há um desgaste natural da mácula, que prejudica a visão central. O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico são fundamentais para retardar a progressão da doença e minimizar seus impactos na qualidade de vida.
O oftalmologista Alexandre Grobberio Pinheiro, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e diretor da Macrovisão Oftalmologia, lembra que a miopia, a hipermetropia, o astigmatismo e a presbiopia, quando não tratados, comprometem a visão e a qualidade de vida. A correção é feita com óculos, lentes ou cirurgia.
O especialista reforça que grande parte dessas doenças não apresenta sintomas nas fases iniciais. Por isso, o acompanhamento oftalmológico periódico é essencial para detectar alterações precocemente e preservar a visão.
"Como médico, educador e cidadão, faço um apelo à população: cuide dos seus olhos. Agende seus exames, incentive seus familiares e esteja atento aos sinais. A maior parte das doenças oculares pode ser controlada quando identificada no início", ressalta.
Cuidados essenciais para a saúde ocular
Alexandre Grobberio Pinheiro recomenda ainda alguns cuidados importantes para a saúde ocular, como realizar consultas médicas frequentes, ter uma alimentação rica em antioxidantes, controlar o diabetes e a hipertensão, usar óculos com proteção UV, não utilizar colírios sem prescrição e manter um estilo de vida ativo.
A campanha
O Abril Marrom, criado em 2016 pelo oftalmologista Suel Abujamra, conscientiza sobre a prevenção, o combate e a reabilitação da cegueira. Além disso, promove a inclusão e reabilitação de pessoas com deficiência visual.
Abril foi escolhido por incluir o Dia Nacional do Braille (08/04), em homenagem à data de nascimento de José Álvares de Azevedo, responsável por introduzir esse alfabeto no Brasil, em 1850. Já a cor marrom simboliza a tonalidade predominante da íris dos brasileiros.
]]>No último sábado (29), 523 cirurgias eletivas foram realizadas em dez hospitais estaduais e cinco unidades hospitalares da rede contratualizada do Sistema Único de Saúde (SUS), com pacientes de todo o Espírito Santo. A ação é do Programa Estadual de Redução de Filas de Cirurgias Eletivas (OperaES) da Secretaria da Saúde (Sesa).
Os procedimentos realizados no Hospital Estadual Dr. João dos Santos Neves (HJSN), em Baixo Guandu; na Unidade Integrada de Jeronimo Monteiro (UIJM), em Jerônimo Monteiro; no Hospital Estadual São José do Calçado (HSJC), São José de Calçado; no Hospital Estadual de Vila Velha (HESVV), no Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), em Vitória; no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha; Hospital Estadual Dr. Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), em São Mateus; Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória; Hospital Antônio Bezerra de Faria (HABF), em Vila Velha; e Hospital Estadual Dr. Dório Silva (HDDS), na Serra.
Já na rede contratualizada aconteceram no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória, no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), na Maternidade Municipal de Cariacica (MMC), no Hospital Rio Doce, em Linhares, e no Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (Hifa), em Guarapari.
A Sesa alerta para que os pacientes do Espírito Santo que aguardam por cirurgias, consultas e exames, que mantenham seu contato atualizado nas unidades básicas de saúde. É por meio desse cadastro que é feito o acionamento para a realização das cirurgias.
A Secretaria da Saúde (Sesa) recebeu nessa segunda-feira (24) a primeira remessa de vacinas Influenza. O Espírito Santo será contemplado com 116.000 doses que, após envio aos municípios, já poderão dar início à nova estratégia de imunização contra a gripe definida pelo Ministério da Saúde no último mês, com a inclusão da vacina no calendário nacional de vacinação, como dose de rotina, para crianças a partir de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes.
As doses estarão disponíveis nas mais de 700 salas de vacinação em todo Estado. A nova estratégia visa tornar permanente a proteção para esses públicos. No Espírito Santo, a expectativa é que 349.325 crianças de 6 meses a menores de 6 anos, 680.000 idosos com mais de 60 anos e 39.140 gestantes recebam a vacina ao longo do ano. A meta é alcançar 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação de rotina contra a influenza.
A Sesa orienta ainda que os municípios, assim que tiverem as doses disponíveis em seus territórios, que iniciem também a oferta da vacina aos públicos-alvo que compõem o grupo especial da estratégia de vacinação contra a gripe. Este ano, além dos grupos já conhecidos, o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores dos Correios.
Estratégia de vacinação nos grupos especiais contra a gripe tem início oficial em 07 de abril
O Ministério da Saúde anunciou na última sexta-feira (21) que a estratégia especial de vacinação contra a gripe, que acontece anualmente destinada a determinados grupos prioritários, será iniciada oficialmente no próximo dia 07 de abril, com o dia D de mobilização definido para o dia 10 de maio. Entretanto, com as doses estando disponíveis, os municípios já podem dar início à vacinação.
A vacinação contra a gripe é dividida em estratégia de rotina, com os públicos elencados acima e estratégia especial. No Espírito Santo, a expectativa é imunizar um total de 1.718.123 pessoas contra a gripe, entre os grupos que receberão as doses na rotina e os que pertencem aos grupos especiais. A vacinação contra a gripe tem como objetivo reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza no público-alvo para a vacinação em 2025.
Nos grupos especiais, destacam-se: Trabalhadores da Saúde; Puérperas; Professores dos ensinos básico e superior; Povos indígenas; Pessoas em situação de rua; Profissionais das forças de segurança e de salvamento; Profissionais das Forças Armadas; Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); Pessoas com deficiência permanente; Caminhoneiros; Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); Trabalhadores portuários; Trabalhadores dos Correios; Funcionários do sistema de privação de liberdade; e População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
A vacinação contra a gripe deve ser realizada anualmente, uma vez que os imunizantes recebem atualizações quanto às cepas circulantes, a fim de garantir a proteção da população. As vacinas influenza trivalentes utilizadas no Brasil neste ano apresentam três tipos de cepas de vírus em combinação: A/Victoria/4897/2022 (H1N1) pdm09; A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2); e B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).
Cenário epidemiológico
No Espírito Santo, até a semana epidemiológica 10 (até o dia 08 de março), foram notificados 295 casos de Influenza por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 37 confirmados e um (01) óbito. Em 2024, durante todo o ano, foram 4.630 notificações, 501 casos confirmados e 51 óbitos.
]]>Mais de 116 mil doses da vacina contra a Influenza foram enviadas à Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa). A remessa, que chegou nesta segunda-feira (24), é a primeira para a campanha de imunização deste ano.
As doses estarão disponíveis em mais de 700 salas de vacinação em todo o Estado a partir de 7 de abril. No total, o Estado pretende imunizar 1,7 milhões de pessoas contra a gripe, considerando tanto a vacinação de rotina quanto a especial.
Entre os grupos especiais estão trabalhadores da saúde, puérperas, professores, povos indígenas, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança e de salvamento, membros das Forças Armadas, pessoas com doenças crônicas ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário e portuários, funcionários e população do sistema de privação de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas. (Veja a lista abaixo).
Pessoas em situação de rua;
A Nimesulida, é um anti-flamatório amplamente usado e divulgado no Brasil. O medicamento está presentes nas prateleiras das farmácias, nas bolsas e caixas de remédios dos brasileiros de Norte a Sul do país.
Diante do sucesso que o medicamento possui em aliviar os sintomas de: dor, febre e inflamação do corpo, muitos pacientes tem exagerado na utilização da dose, frequência ou tempo. Além disso, não realizam acompanhamento médico.
Segundo o especialista em clínica médica, saúde do idoso e atenção primária, Vitor Brasileiro, entrevistado pelo Folha Vitória, o exagero na utilização pode gerar consequências para órgãos do corpo humano, ao exemplo de fígado e rins.
A nimesulida, como outros anti-inflamatórios podem causar, tanto problemas no rim, como no fígado. A medicação tem sido associada a complicações hepáticas significativas, incluindo hepatotoxicidade grave, descreve brasileiro.
O especialista também diz que estudos indicam que a nimesulida pode causar lesão no fígado aguda e grave, com um risco de hepatotoxicidade quando comparada com outros antiinflamatórios.
A lesão pode ocorrer rapidamente, em alguns casos com hepatotoxicidade em menos de 15 dias após o início do tratamento.
Os efeitos adversos do uso do medicamento incluem:
De acordo com o médico, diante das contra indicações, outras alternativas para o remédio estão outros anti-inflamatórios, que podem ser os analgésicos simples, como dipirona e paracetamol, por vezes em doses otimizadas.
Deve-se ter muito cuidado, evitando, sempre que possível, uso de anti-inflamatórios em idosos. Sempre um médico deve ser consultado para uma adequada avaliação e direcionamento da melhor conduta, de acordo com cada paciente, finaliza.
O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública na manhã de deste domingo (23), após 38 dias internado em um hospital de Roma, na Itália. De cadeira de rodas, o líder da Igreja Católica declarou obrigada a todos!.
No meio da multidão, Francisco reconheceu uma senhora que todas as quartas-feiras participa da Audiência Geral para lhe entregar um maço de flores. E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa, disse ainda o Papa.
O pontífice foi internado no hospital em Roma em 14 de fevereiro, após um episódio de bronquite piorar. Mais tarde, ele desenvolveu um caso grave de pneumonia.
]]>Com a chegada do outono, as variações bruscas de temperatura e o tempo seco contribuem para a piora da poluição. Esse cenário favorece a circulação de vírus e bactérias que causam doenças respiratórias. Entre eles, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) merece atenção, pois sua incidência aumenta nessa época do ano.
A infectologista Lessandra Michelin explica que esse vírus é amplamente conhecido por pais de crianças pequenas, já que é um dos principais causadores da bronquiolite. No entanto, o VSR também pode ser perigoso para idosos, especialmente aqueles com doenças crônicas. Nessa faixa etária, a infecção pode levar a complicações graves, como pneumonia e até mesmo ao óbito.
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um agente infeccioso que atinge o trato respiratório, afetando desde o nariz até os pulmões. Ele é mais comum em crianças pequenas e idosos, grupos mais vulneráveis às complicações da doença.
Em crianças, ele é conhecido por causar bronquiolite, já nos idosos, provoca sintomas parecidos com um resfriado, mas pode evoluir para doenças mais graves, como pneumonia, e até mesmo levar a óbito, alerta Lessandra.
De acordo com a médica, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode ser confundido com outras infecções respiratórias, como gripe e COVID-19. Além disso, o VSR pode agravar doenças crônicas preexistentes, colocando pessoas com 60 anos ou mais em risco maior de complicações.
Alguns podem desenvolver doenças graves do trato respiratório inferior, incluindo pneumonia. Além disso, a infecção pelo VSR pode piorar ou descompensar doenças crônicas pré-existentes, e indivíduos com 60 anos ou mais estão em maior risco, comenta.
O VSR é transmitido por gotículas liberadas ao falar, tossir ou espirrar e pelo contato com superfícies contaminadas. A fase contagiosa dura entre 3 e 8 dias, mas pessoas com imunidade enfraquecida podem transmitir o vírus por até 4 semanas.
Vale alertar ainda que crianças pequenas são frequentemente expostas e infectadas pelo VSR, principalmente em ambientes como creches, escolas, parquinhos e festinhas, e poderão transmitir o vírus aos adultos que tem convivência próxima, como pais e avós. Pesquisas mostram que crianças em idade escolar são responsáveis por cerca de 54% a 73% das infecções domiciliares,, conta a médica.
O VSR é amplamente conhecido por causar bronquiolite em bebês, mas também representa um risco grave para idosos, especialmente aqueles com comorbidades. Com o envelhecimento, o sistema imunológico enfraquece, dificultando o combate a infecções. Em idosos com doenças crônicas, o risco de complicações graves, como pneumonia e até óbito, é ainda maior.
Com o ar dos anos, assim como nós vamos envelhecendo, ocorre o mesmo com sistema imunológico e, com isso, temos mais dificuldades em combater infecções. E, em indivíduos adultos e idosos que possuem doenças crônicas, esse risco é ainda maior de complicações, como piora de quadros de doença pulmonar ou causando pneumonia, podendo até ocorrer o óbito, explica Lessandra.
O diagnóstico do VSR é feito clinicamente, mas a confirmação depende de exames laboratoriais. Entre os principais testes estão os rápidos, que detectam o antígeno viral, e os moleculares, como o PCR.
No entanto, segundo a infectologista, adultos raramente são testados para o VSR. Os sintomas podem ser confundidos com um resfriado comum, o que torna a doença pouco conhecida e subdiagnosticada.
Não existe um tratamento específico para o VSR, segundo a infectologista. A maioria dos pacientes se recupera em até uma semana, mas idosos podem ter um processo mais lento, aumentando o risco de complicações.
Mesmo após a recuperação, o VSR pode impactar a qualidade de vida, causando redução da independência, dificuldades em atividades diárias e alterações no sono. Além disso, tarefas simples como respirar, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar desafiadoras para alguns pacientes mais velhos.
Por isso, é muito importante que as pessoas, principalmente os idosos, conheçam mais sobre a doença, seus riscos, formas de prevenção e procure um médico caso tenham sintomas respiratórios, orienta.
Lessandra recomenda consultar um médico caso apresente sintomas respiratórios intensos, como falta de ar, dificuldade ou dor para respirar. Alguns idosos podem ter febre, falta de apetite, dor de cabeça ou no corpo associados a esses sintomas respiratórios, e devem buscar orientação médica assim que possível.
Sim. Segundo a infectologista, qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, pode contrair o VSR, e infecções repetidas podem ocorrer ao longo da vida, pois a imunidade por infecção não é duradoura.
]]>A autorização para que farmacêuticos possam prescrever medicamentos, publicada no Diário Oficial durante a semana e que entrará em vigor a partir de abril, gerou polêmica entre os Conselhos de Farmácia e de Medicina. No entanto, nem todos os medicamentos poderão ser prescritos nas farmácias.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) reforça que a atuação farmacêutica continuará limitada à prescrição de medicamentos isentos de prescrição médica e aos de tarja vermelha, desde que estejam em conformidade com protocolos ou diretrizes previamente estabelecidos. Já os medicamentos de tarja preta permanecem s à prescrição feita exclusivamente por médicos.
Esses medicamentos são vendidos mediante apresentação de uma receita médica simples, que não fica retida na farmácia. Podem causar efeitos adversos se utilizados incorretamente e poderão ser prescritos por farmacêuticos.
Exemplos comuns:
Esses medicamentos possuem controle mais rigoroso, exigindo receita médica especial, que fica retida na farmácia. São substâncias psicotrópicas com risco de dependência física ou psicológica. Somente médicos podem prescrever.
Exemplos comuns:
Em nota publicada nesta quinta-feira (20), o CFF informou que o direito à prescrição farmacêutica foi conquistado pela categoria há 12 anos. A prescrição farmacêutica é respaldada pela Lei Federal nº 13.021, de 2014, que determina que o farmacêutico tem a obrigação de estabelecer o perfil farmacoterapêutico dos pacientes, além do próprio acompanhamento farmacoterapêutico.
Segundo o órgão, a Resolução nº 5/2025 apenas organiza a prescrição farmacêutica, garantindo que os farmacêuticos atuem com protocolos clínicos bem definidos e baseados nas melhores evidências científicas disponíveis. Nenhuma outra categoria profissional tem motivos para se sentir atingida, pois a norma trata exclusivamente da atuação dos farmacêuticos dentro de suas competências definidas em Lei Federal.
Além disso, o CFF explica que o farmacêutico realiza consultas farmacêuticas, que têm objetivos distintos dos demais tipos de consulta e não invadem a atuação de nenhum outro profissional.O papel do farmacêutico é garantir que o uso de medicamentos seja seguro, eficaz e apropriado, atuando em equipe com outros profissionais de saúde. O paciente só tem a ganhar com isso.
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), assim como o Conselho Federal de Medicina (CFM), considera a resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) absurda e um atentado à saúde da população brasileira.
O CFM ingressou na Justiça Federal com uma ação para impedir que a decisão entre em vigor, alegando que é ilegal e contraria as legislações do Ato Médico (Lei nº 12.842/2013) e da própria profissão farmacêutica, representando risco à saúde da sociedade brasileira.
O Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), em São Mateus, realizou uma captação múltipla de órgãos nessa quinta-feira (20). Foram captados dois rins, fígado, coração e as duas córneas. Os órgãos e os tecidos foram destinados a pacientes que aguardavam transplantes no Espírito Santo.
Neste ano, o Estado teve 15 doadores efetivos de órgãos. Desses, três tiveram a captação realizada no HRAS.
A coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HRAS, Romy Schneider, expressou a iração pelos familiares que optam pela doação dos órgãos após a perda de um ente.
É um processo emocionante, porque apesar de doloroso e delicado, desde o início da suspeita da morte cerebral até a confirmação, a família escolhe aliviar a dor de outro paciente. Então, tenho minha iração para essas pessoas por tanta generosidade, declarou Romy.
Até esta sexta-feira (21), conforme informações da Central Estadual de Transplantes (CET), no Estado, sete pacientes aguardam uma doação de coração; 48 de fígado, 1.117 de rim, e 1.462 de córneas.
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Ele era o elo da família, dos amigos, do futebol na rua às quartas à noite, da comunidade. Jecimar Franscisco da Silva foi uma das mais de 711 mil vítimas fatais da covid-19 no Brasil, uma das 15.236 pessoas do Espírito Santo que deixaram saudade. A família se despediu de Mazinho, como era conhecido, quando ele tinha 47 anos.
Em maio de 2021, Mazinho viu seu irmão, Valdo da Silva, em um caixão. Naquela época, era preciso manter o distanciamento e fazer uso de máscaras. A família e a comunidade não queriam ficar sem um último adeus. E foi assim que um carro fúnebre ficou parado na porta da casa da família, enquanto familiares, amigos e vizinhos se despediram de longe, com oração, um minuto de silêncio, palmas e lágrimas. Mazinho se despediu do irmão, mas o que nem ele e nem a família esperavam é que a cena de um velório se repetiria 15 dias depois.
Lucas Ferreira do Carmo Silva, de 26 anos, filho de Mazinho, lembra como foram os últimos momentos com o pai, o sentimento após o diagnóstico e a despedida. Ele pegou COVID em maio de 2021, um pouco depois do meu tio. Ficamos todos em choque, pois vimos como estava sendo com o meu tio e como tinha sido difícil. Quando recebemos a notícia que ele também estava com a COVID, foi um choque pra gente. Tudo piorou depois da notícia do falecimento do meu tio (Valdo). Ficamos mais desesperados, contou.
Lucas fala da esperança do pai, das palavras positivas para confortar a família. Ele foi para o hospital dizendo que tudo ficaria bem. Na época que ele estava internado, a gente sempre conversava durante esse período. Eu dizia que estava preocupado e perguntando como ele estava, falando que não conseguia dormir direito e ele sempre me dizia que ia ficar tudo bem, que já já ele iria voltar para casa.
Apaixonado pelo Flamengo, era Mazinho quem animava a Rua Alvarenga Peixoto, em Cristóvão Colombo, em Vila Velha, nos dias de jogo. Hoje, os fogos já não tem o mesmo som, a bandeira não fica mais hasteada nas janelas, e os gritos deram lugar às lembranças de quando Mazinho aparecia no portão para mostrar a alegria do placar. O grito de gol que saía dos pulmões de Jecimar Franscisco da Silva, o Mazinho, deixou saudade.
De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), foi no dia 11 de março de 2020 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou ao mundo que o surto do novo Coronavírus (Covid-19) era uma pandemia.
Segundo o IJSN, os municípios do Espírito Santo que registraram casos com mais de mil vítimas fatais foram Vila Velha (2.077), Serra (1.815), Cariacica (1.642) e Vitória (1.484).
O Instituto Jones dos Santos Neves ressalta ainda que, no Brasil foram, registrados mais de 38 milhões de casos confirmados da Covid-19, sendo 1,39 milhão no Espírito Santo. Deste total, 1.348.930 pessoas conseguiram se recuperar no estado.
Thamires de Almeida Mesquita, de 31 anos, viu a mãe, Geovana Almeida, de 50 anos, ser uma das mais de 1,34 milhão de pessoas que se recuperaram.
Esposa, mãe de três filhos, avó de três netos, filha, irmã, tia, amiga, Geovana recebeu o diagnóstico do vírus em dezembro de 2022. Thamires conta que o medo tomou conta da família, já que naquele momento havia muitas mortes confirmadas.
Eu via minha mãe por uma janelinha e pedia para ela lutar por nós. Eu só pensava que não poderia ficar sem a minha mãe. A gente nunca ou mais de dois dias sem conversar, nem que seja por vídeo chamada. Eu precisava dela para criar e formar meu filho, e ela tinha que cuidar da minha irmã que era muito novinha.
Geovana ficou em estado grave e Thamires conta que os médicos pediram várias vezes para entubar a mãe, mas ela não deixou. Ela foi a força quando a mãe estava debilitada. Ela estava com muito medo, mas eu falei com ela que iria dar tudo certo e que logo logo ela estaria em casa com as crianças e com a gente, lembra.
A jovem conta que as visitas eram proibidas, mas diariamente ela ia até o hospital para ter notícias atualizadas da mãe. Eu não podia ver minha mãe, falar com ela, mas descobri que o quarto ao lado dela tinha uma janelinha. Os médicos falavam que ela não estava respondendo bem ao tratamento com a máscara e eu era doida pra falar com ela. Sabendo desse quarto ao lado onde as pessoas entravam, eu pedia licença a quem estava lá, entrava e colocava uma escadinha para fazer sinal para minha mãe. Toda vez que eu fazia isso, ela chorava e eu também (fiz isso três vezes e fui pega, levei uma bronca), mas eu não me importava, era minha mãe ali, afirmou.
Na terceira vez que fiz isso, foi para fazer um pedido a ela. Os médicos informaram que ela precisava ser entubada e eu pedi para conversar com ela e não podia. Para mim, o último o antes da pessoa morrer era a entubação e eu não queria aquilo para minha mãe. Eu bati na janela, ela só olhava e eu falava: faz o tratamento com a máscara, coloca e vai no seu limite. Ela falava que não conseguia e eu respondia: Mãe, faz por mim, pelos seus netos, seus filhos, faz, contou.
A filha de Geovana ressalta que foi em Deus e na fé que ela se apegou para ar pelo momento. Foram 15 dias de internação da minha mãe. No décimo primeiro eu já não ava mais e só chorava em casa. No décimo terceiro, eu tranquei a porta do meu quarto e orei a Deus. Falei que era injusto, que eu não aguentava mais minha mãe naquela situação. Quando nos reencontramos, eu abraçava e beijava ela demais, relembrou Thamires.
Foi em casa, aos pés da cama, que Thamires desabafou em oração. Nesse reencontro, minha mãe disse que ouvia enquanto eu orava. Ela me contou que todas as vezes que eu orei, ela ouviu do quarto. Ela me disse: filha, eu ouvia sua voz falando com Deus! Eu sei que você falou com Ele que estava difícil sem me ver. As minhas orações eram feitas enquanto eu estava na minha casa, com tudo fechado, sozinha e ajoelhada. Era só eu e Deus, e minha mãe escutou. Coisas que não dá para explicar. Ela repetiu tudo que eu orei, afirmou.
A jovem finaliza dizendo que, apesar da dor, a família teve uma lição, e hoje tem gratidão. Tem coisas que às vezes são necessárias acontecerem na nossa vida. O tempo que ela ficou lá fez com que ela amadurecesse em muitas coisas, assim como a gente aqui fora. Enxergamos que nós não somos nada e temos que aproveitar mais, ficar mais tempo com quem amamos, porque não sabemos quando vamos perder essas pessoas, esses amores. Muitas vidas foram embora e minha mãe poderia ser uma delas, explicou.
O Instituto Jones dos Santos Neves frisou que o estado foi destaque no período de enfrentamento à pandemia da Covid-19, com planejamento e tomada de decisão, como pioneirismo na aplicação da Matriz e Mapa de Risco, a expansão do sistema de saúde. No período, mais de 2 mil leitos de Covid-19 foram abertos, além da criação do Centro de Controle e Comando (CCC) e do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), que segue dando continuidade ao trabalho no monitoramento de arboviroses, como por exemplo, a dengue.
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